sábado, 21 de abril de 2012

VIOLÊNCIA NO RIO DE JANEIRO - CAI O NUMERO DE MORTES E SOBE O DE ROUBO DE VEÍCULOS



A matéria mostra que houve uma redução do indicador LETALIDADE (MORTES) VIOLENTAS.

De janeiro a março deste ano o índice registrou 1.251 vítimas, contra 1.778 do mesmo período de 2000, uma queda de 29,6%. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, a queda no número de mortes foi 9,3%.

O Indicador Letalidade Violenta registra o seguinte: Homicídio, latrocínio (roubo seguido de morte), auto de resistência (quando A policia mata alguém em confronto) e lesão corporal seguida de morte. 

Ainda que a "estatística" nos mostre que chegamos ao menor número de mortos nesse indicador nos últimos doze anos, há que se considerar como elevado e ainda preocupante que 1251 pessoas tenham morrido dessa forma.

O destaque positivo fica por conta de que os chamados "autos de resistência", ou seja, os "confrontos" entre "POLÍCIA X BANDIDO" que resultam em mortos dos dois lados, também estão em queda. Isso certamente ocorre por conta das UPPs e da redução do armamento nas mãos do tráfico. Prova ainda que Polícia boa, não é a violenta, que distribui tiros e atropela os limites da legalidade. 

Por outro lado, não existe na Polícia Civil do Rio de Janeiro, e nem na Perícia Criminal, uma estrutura que permita investigar e reunir provas dos homicídios que acontecem, pois, eles são em número elevado. Apesar do investimento na Delegacia de Homicídios, a maioria dos casos continua sem solução ou demora um tempo muito longo para ser elucidado. A conta é simples:

1.251 VÍTIMAS/MORTES VIOLENTAS POR TRIMESTRE =

417 VÍTIMAS/MORTES VIOLENTAS POR MÊS =

MÉDIA DE 14 VÍTIMAS/MORTES VIOLENTAS POR DIA.

Nos países/cidades com taxas de mortes dessa natureza, e considerados, portanto, "civilizados", quando muito, ocorreriam 14 casos por mês.

Quanto ao roubo de veículos, que depois de um longo período em queda volta a crescer e chamar a atenção, não há muito dificuldade em se chegar a uma conclusão do motivo (s).

1 - O policiamento ostensivo / preventivo continua sendo o calcanhar de aquiles, ou "CALCANHAR de BELTRAME", como queiram. Nossas ruas ainda são um deserto de policiamento, e ninguém sabe por onde as MOTOS que a PM diz ter para fazer o patrulhamento estão. Houve um afrouxamento nas operações/blitz.

2 - O FAMIGERADO negócio de FERRO-VELHO voltou a funcionar a pleno vapor.

3 - Nossa estrutura de segurança pública é espasmódica, (até melhorou) e está sempre "correndo atrás", continua a ser um cobertor muito curto, além do que os pontos chaves como quantidade, qualidade, investimento em treinamento, remuneração e condições de trabalho para o policial ainda estão muito longe do conceito 'BOM'.