CIVIL BOTA PRESSÃO NO CALCANHAR DE PEZÃO !
PARALISAÇÃO FOI PROLONGADA PARA TER MAIOR PODER DE "BARGANHA" NA REUNIÃO QUE TERÃO HOJE COM O GOVERNADOR
Policiais civis decidem estender greve por mais um dia
Rio - O Sindicato dos Policiais Civis do Rio (Sindpol) decidiu, na noite desta quarta-feira, estender a greve da categoria para mais um dia. A continuidade da paralisação foi votada em assembleia no Clube Municipal, na Tijuca, Zona Norte do Rio. Cerca de 2 mil agentes participaram da votação. No entanto, a greve poderá terminar às 12h de quinta, se o governador Pezão atender as reivindicações do movimento, em reunião marcada com o presidente da entidade, Francisco Chao, às 8h. Os grevistas vão aguardar pelo resultado do encontro na Cidade da Polícia.
Também ficou definido que os agentes vão se recusar, durante o movimento, a atuar na ação chamada de Repressão Qualificada, uma blitz noturna para coibir crimes. Eles alegam que a ação só pode ser realizada pela Polícia Militar, já que os civis não têm curso de especialização para conduzir viaturas, exigência do Código de Trânsito. Também entraria em votação se os 30% de policiais que trabalhariam, como determina a lei, usariam fitas pretas nas roupas.
'Queremos logo uma decisão', diz líder de entidade
Chao afirmou que os policiais civis em greve querem logo uma decisão 'sobre o aumento para a categoria. O Chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, também estarão presentes. Eles esperam que Pezão anuncie ainda nesta quinta a incorporação da gratificação do programa Delegacia Legal.
AVALIAÇÃO DA GREVE ONTEM
Efetivo nas delegacias foi diminuindo ao longo do dia
Durante todo o dia, O DIA percorreu delegacias da Região Metropolitana para verificar o impacto da paralisação. Pela manhã, o movimento foi normal em várias unidades, inclusive no Instituto Médico-Legal, que fez perícias e exames. As unidades distritais registraram apenas ocorrências de crimes violentos (homicídios, estupros, latrocínios e roubos, além das prisões em flagrantes). Para as queixas de outros crimes, a população foi orientada a retornar outro dia ou registrar pelo site da instituição.
À tarde, devido à concentração na Cidade da Polícia, o atendimento diminuiu. Na 5ª DP (Gomes Freire), apenas 30% da equipe estavam trabalhando. A auxiliar de enfermagem Vera Lúcia da Silva, de 64 anos, tentou registrar o furto de seu celular na 12ª DP (Copacabana). “Os policiais foram educados, anotaram meu caso e pediram para eu voltar. Gastei tempo em vão e fico chateada, mas procuro respeitar o lado deles porque todos têm direito de reivindicar, desde que seja dentro da lei”.
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